O talento sempre fez parte de sua trajetória. Ele virou o queridinho do mundo da moda, mas continua com a mesma simplicidade do início da carreira. Vitorino Campos, baiano de Feira de Santana, brilhou em mais um São Paulo Fashion Week – a semana de moda paulista já está na 44ª edição – e contou com exclusividade ao BAZAR a razão pela qual conseguiu se firmar como um dos exponentes da moda brasileira. “A minha marca própria é um grande laboratório criativo, onde toda a equipe tem a liberdade de opinar e desconstruir conceitos. Conseguimos chegar mais longe porque não só sou eu, é uma equipe, todos estão envolvidos. Essa criação coletiva e o trabalho livre me deixam feliz”, revela.
Em uma época na qual o formato tradicional das passarelas vem perdendo força e modelos magérrimas já não empolgam, o jovem lançou um olhar de vanguarda apostando em apresentações originais que dialogam com a arte. Aboliu os desfiles convencionais e, na marca que leva seu nome, as modelos foram dispensadas e as roupas viraram protagonistas. Elas se misturaram a instalações e vídeos que contavam a história da coleção. Tudo assinado pelo artista visual Houssein Jarouche. A loja Pair, na Rua da Consolação, foi o cenário escolhido. Lá, 22 itens foram expostos, todos em branco, peças únicas, em tamanhos democráticos, do 36 ao 46.
Ainda mais original foi a disponibilização de sete moldes, liberados para serem baixados no site da marca até hoje, numa mostra que a moda não tem que ser impositiva, e sim participativa. “Queria que a coleção não fosse só uma representação da minha liberdade criativa, quis abrir para que outras pessoas também pudessem criar”, conclui.
Inspiração
O mote da coleção da Vitorino Campos foi Araçá Azul, disco icônico de Caetano Veloso. “Cada faixa foi feita com grande independência entre elas. Queria pensar na minha coleção assim, onde cada peça tivesse uma forma, uma textura”, diz.
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