A estilista baiana Carol Barreto, a musicista Laila Rosa e a editora de vídeo Luana Amaral estão de malas prontas para Nova Iorque, nos Estados Unidos. O motivo? A finalização do documentário Coleção Asè, que debate moda e ativismo sob a perspectiva do racismo.

As peças da coleção Asè foram confeccionadas no centro técnico do Teatro Castro Alves (TCA) (Foto: Helemozão/Divulgação)

As artistas estarão nos Estados Unidos de 16 a 31 de outubro e, além de coletar material para a produção audivisual – que tem como pautas principais gênero, moda e ativismo anti-racista – vão realizar uma espécie de roda de conversa, onde cada uma vai falar para o público sobre o seu processo criativo. “Eu e minha equipe temos experimentado outras formas de discurso na área do design de moda”, afirma Carol, que pretende expor peças de roupa e imagens da Coleção Asè no evento. O processo de criação da trilha sonora, dos desfiles e do documentário será abordado por Laila Rosa, enquanto Luana Amaral vai fotografar o evento e gravar as entrevistas.

A estilista Carol Barreto, criadora da coleção Asè (Foto: Edgar Azevedo)

Lançada em dezembro de 2016, no Angola Fashion International Show, em Luanda, a coleção Asè, que dá nome ao documentário, reflete sobre a relação entre Brasil e África. Retratando o impacto do retorno de uma mulher negra e baiana à Angola, o ponto de partida são os rituais religiosos e culturais realizados por africanos escravizados.

O projeto de intercâmbio e difusão tem curadoria da artista Juci Reis – do estúdio criativo de curadoria internacional Harmonipan – e foi contemplado no Edital de Mobilidade Artística e Cultural do Fundo de Cultura da Bahia, gerido pela Secretaria da Cultura (Secult).

Fonte: www.correio24horas.com.br