Diante do cenário de maior desperdício e excesso de fabricação no mercado de roupas é tempo de repensar gastos e também ter um guarda-roupa sustentável. Mas por onde começar? A empreendedora e mãe de cinco meninas Lucineide A. de Oliveira, 41, dá as dicas: Bom, você começa pelas roupas que não usa mais, junta todas elas, e procura o brechó mais próximo para vender ou trocar, assim você já estará ajudando outras pessoas e fazendo o consumo consciente. Ela ainda vai além: “Eu por ser mãe de cinco meninas me ví gastando muito então resolvi juntar todas as roupas que acabaram virando um brechó em casa mesmo, vendi e troquei por roupas de que precisava, o desperdício não tem vez lá em casa”.
Nós sabemos que a cultura do consumo está mudando, e em Goiânia não é diferente. É quase impossível ignorar que o planeta está cada vez mais soterrado pelo excesso; tanto de fabricação, quanto no desperdício. É hora de repensar as nossas ações e rever que tipo de consumo estamos trazendo para dentro de casa. E nada melhor que poder comprar uma roupa de marca e pagar múltiplos zeros a menos por isso. É o caso do consumo em brechós, que cresce cada vez mais tanto pela necessidade, quanto pela diversidade de estilos que se encontra em cada loja ou bazar por aí.
Nunca se ouviu tanto falar em consumo consciente como agora, principalmente quando o assunto é “roupas”. Como diz a expert em consumo consciente Mari Pelli: “Compras sustentáveis para um mundo que tem roupas demais”.
Trocar as lojas caríssimas de marca para aproveitar uma roupa usada em um brechó tem se tornado privilégio entre as mulheres, não só em Goiânia, mas também em diversos estados do Brasil. É um mercado crescente de consumo consciente, e muito proveitoso já que o desenvolvimento sustentável e o consumo sustentável são assuntos ligados à qualidade de vida atual e também das futuras gerações.
mercado das roupas está cada vez mais caro, o que faz com que em tempos de crise mulheres e até mesmo homens procuram por medidas alternativas para conseguir usar uma roupa boa e ainda assim pagar bem barato por isso, é bem o caso da Lucineide Oliveira, que conta com o auxílio dos brechós para conseguir administrar a casa: “Achei nos brechós uma diversidade de coisas onde dificilmente uma loja me ofereceria. Facilita demais, lá eu e minhas amigas encontramos de tudo; roupas, acessórios e etc. Além se ser sustentável, acho peças maravilhosas por preços excelentes… Adoro!”. Ela ainda adverte sobre as finanças, como o consumo consciente ajuda na hora de pagar as contas: “Nossa economizo muito, é gritante a diferença no final do mês, é uma economia que me ajuda muito. Antigamente comprava muita coisa em shopping, gastava horrores, hoje economizo muito, calço e visto todos da minha casa pela metade do preço. Na verdade amo os brechós, sempre procuro um para gastar um pouquinho”. Conta ela com risos.
O mercado dos brechós ou “moda sustentável” como é conhecido, vem ganhando espaço no cenário de roupas goiano. E o que leva as pessoas a se renderem a essa nova modalidade de vestimenta é justamente preço e qualidade. Ao entrar em um brechó é fácil ser surpreendido por roupas tanto antigas como roupas contemporâneas, mas é como dizem por aí–é preciso pechinchar para encontrar peças quase que exclusivas, as chamadas peças “chave” do guarda-roupas–. Além da diversidade de estilos, os brechós também possuem moda retrógrada, mais conhecida como roupas vintage que por sinal é um dos estilos mais almejados do momento.
E para ir além da moda os brechós não envolvem apenas compra e venda de roupas usadas, há diversas lojas do mesmo ramo que comercializam inúmeras coisas além das roupas; como relíquias, e antiguidades. É o caso do Brechó Goiano, que nasceu já com a ideia de juntar o brechó à um mini relicário arrecadado ao longo de 10 anos pelo proprietário do local Wanderlei Marques, o brechó existe há mais de vinte anos, e hoje conta com uma loja integrada onde funciona um brechó e um uma feirinha de relicários. O bazar que já é muito famoso na capital recebe um público bem diversificado variando entre colecionadores assíduos de antiguidades, amantes de decoração vintage, designers de interiores, arquitetos e também decoradores que passeiam diariamente pelo relicário desse brechó que mais parece um lindo museu de antiguidades. Não há como não se apaixonar pelo acervo da loja que vende também roupas masculinas e femininas, bolsas, e acessórios como chapéus e lenços. O Brechó Goiano fica localizado na Avenida Anhanguera no Centro de Goiânia.
E se você não tem tempo para ir até essas lojinhas de brechó é só dar uns clicks no Instagram. Lá é possível encontrar variadas lojas online repletas de peças de roupas, sapatos, e acessórios um mercado que já virou uma sensação entre as mulheres. É hora de deixar de lado esse tabu das ‘roupas antigas’ e abrir a mente para a ideia de encontrar os queridos achados de moda em brechós de bairro e até mesmo aqueles chamados bazar de Igreja, com o objetivo de arrecadar fundos.
ARMÁRIO
Já pensou ter um armário atemporal que máximo? Pois he, nos brechós é bem possível obter peças para o guarda-roupa que independente do clima ou da estação de moda que vier,–pois são peças que não fazem parte das “tendências modinhas de novela–mas são elementos fundamentais de certos estilos como é o caso do alternativo composto por vários looks que cai bem em qualquer estação. Isso significa que você pode fugir das compras roupas que vão durar pouquíssimo no seu armário e serão descartadas depois, para adquirir verdadeiras peças chave para compor um estilo só seu.
Consumir roupas de um brechó é dar uma segunda chance para o mundo, de refazer as ações que movem e movimentam o comércio e o seu bolso. Isto faz parte da conscientização de repensar o universo, e o legado que se quer deixar.
Fonte: www.dm.com.br
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